domingo, fevereiro 22, 2009

Há horas desertas,
Dias eternos
Que remexe tralhas,
Rebusca em infernos,
Vividos, perdidos
Em estilhaços de instantes,
Contra um torpor desmedido,
Um corpo exangue.

Há momentos a fio
Que assemelham Eras
Em que não se encontra,
Só uma falta impera.

Não se encontra no espelho
Por mais que se procure.
É quando arde um vazio
De um nada, tão frio,
Que já quase se rende
Para que o mal não perdure.

Mas a dúvida prende,
Nada cala esta fome.
Mas que pedaço falta?
Que busca é esta, sem nome?






PS: Obriguei-me, literalmente, a escrever. Daí o resultado.

2 comentários:

  1. Gostava de te ver escrever assim com frequência. Vir cá todos os dias e ter um pouquinho mais para conhecer.

    Li a públicação anterior a esta e tenho de dizer e constatar o óbvio: tu escreves bastante bem. Tanto prosa como poesia.

    Em relação ao poema já te disse o que me fez sentir.

    Mais uma vez te digo: quero passar cá todos os dias para TE ler.

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  2. Continue então a obrigar-se a escrever... ;)

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