segunda-feira, dezembro 03, 2007

Dias...

Há dias em que tudo o que carrego é cansaço. O ar entra mais fundo, sai mais lentamente e todo este processo é pesado. O sol bate nas palpebras, os ruídos massacram os ouvidos, até que os olhos abrem, a custo, e há qualquer circuito que, tenha descansado muito ou pouco, recomeça. O corpo pesa-me imenso, tem vontade de ficar inerte, adormecido.
Há dias em que vontade em mim, há só essa. De resto, tudo é feito por uma força que não conheço e que conheço muito bem, porque já há algum tempo que é visita. E nestes tempos, que se faz da casa.
Sinto não saber o que faço ou porque o faço. E tenho uma angústia de não saber o que fazer, por isso, faço o que me dizem. Sobretudo canso-me de mim, às vezes. Quase que desisto, quase que me deixo ir.
Há dias em que quase tenho força e determinação, dias em que quase digo, dias em que quase mudo alguma coisa.
Mas, quando chega o outro dia, adormeço a força e a determinação, adormeço a vontade e o sonho e fecho tudo num canto de mim. E quando esse dia chega, adormeço o que sou.