sexta-feira, agosto 01, 2008

Tempestades.

Perco o Tempo que não tenho
a pensar no que o Tempo faz.
Como passa, porque pára,
como carrega o que traz.

E é Tempo que vem de encontro a mim,
e me carrega para diante,
Tempo veloz que me condena
num marca-passo lacerante.

Limita-me desejos, anseios,
cria em mim amarras ao mundo.
Um Tempo que é sempre de sobra
e rasga momentos ao segundo.

Tempo é o que me puxa,
me atira sem comiseração,
para um vácuo onde esse Tempo,
que todo o Tempo me marca,
deixa de ser Tempo algum,
passa a ser só solidão.